Após o desastre, de Thiago Freitas

30 de janeiro ano 2032
Desespero
 
Como todos sabem, estamos vivendo atualmente em um mundo que não lembra o nosso mundo passado. As destruições, doenças, guerras, a política e a morte são os cenários que nos colocaram onde estamos hoje. Contudo, havia algo que merecia uma atenção especial, mas acredito que esse não seja o momento certo para contar. Agora, mudando de assunto: aconteceu algo que está deixando as pessoas do nosso grupo assustadas. Desde o período em que saímos do bunker, ficamos sem contato com qualquer outra pessoa além do nosso grupo de sobreviventes; no entanto, sabíamos da existência dos outros bunkers. O que estou me referindo é sobre o que aconteceu durante uma “expedição de lembranças”, quando um dos grupos, por acaso, encontrou marcações e sinais de que algumas pessoas poderiam ter passado a noite não tão longe de nós. O grupo de reconhecimento ficou não só assustado, mas também perplexo pelo fato de esses sobreviventes saberem nossa localização, já que ficavam apenas a alguns metros de nós, mas mantiveram-se afastados. No entanto, há algo bom nisso, pois agora sabemos que existem outros sobreviventes por perto e, neste novo mundo em que estamos, precisamos nos ajudar e ajudar os que precisam. Porém, existe a possibilidade de que eles representem um grande perigo para nós, mas também podemos representar o mesmo para eles. Essa foi a possibilidade mais plausível diante dos fatos, mas e se houver algo ainda mais assustador e perigoso que ainda não sabemos? Quando o medo e a incerteza dominam a mente humana, eles ativam um gatilho emocional, ou pode-se chamar de instinto, que pode levar à salvação ou até mesmo à destruição. E foi isso que sentimos nesse momento: medo e incerteza.